Sinopse: O Zinescritos é um coletivo literário independente, criado em 2015 por um grupo de amigos escritores, que buscam se reunir uma vez por ano para compartilhar sua paixão (além da oportunidade de fazer novos amigos).
Nas páginas deste zine encontram-se trabalhos de diversos gêneros da literatura em textos dinâmicos e divertidos, produzidos com o único propósito de valorizar a literatura brasileira em toda a sua diversidade.
Como todos que nos seguem no Instagram, tanto o do blog quanto os nossos
pessoais sabem que em outubro houve o Congresso Livro em pauta e eu com a Pink estávamos
lá com a editora Andross para o lançamento de antologias que fizemos parte e no
meio daquele mar de gente conhecemos o Daniel Constantini que junto ao Sandro
G. Moura organizou essa pequena antologia que eu ganhei.
Ps: Por se tratar de
uma coletânea de histórias não terá primeiras
e últimas impressões com as
resenhas comuns.
O livreto conta com 10
contos em formatos e assuntos diferentes que vou explicar um pouco abaixo, mas
tudo bem pouco para não escorregar no spoiler, ok?
Duas irmãs – Balthaazar Pacco: O conto iniciador contém notas de fantasia para narrar sobre a
vida de duas irmãs logo após se tornarem órfãs e como passam a viver a
posteriori. É encantador ver o quanto Distûmna e Yapapí são zelosas uma com a
outra em discrepância com a realidade muitas vezes noticiada. O amor fraterno
das duas é uma das coisas mais belas de se lê. Pois, não importa para aonde a
maré as levem, o elo não é corrompido.
Irmãos. – Daniel Constantini: Se no
primeiro havia só um toque de literatura fantástica, este é mergulhado nela o
que dá para ser sentido graças ao narrador e o restante dos personagens não
convencionais. Tudo gira em torno Fo encontro dos capangas de White Snake(
Simon e Garfunkel) com Sabbath, convenço ser tapada e demorar algum tempo para
sacar que apesar de falas e trejeitos humanóides eram animais. Porém, o que me
chamou a atenção foi o bichano negro (Sabbath) ter um propósito que podia ter
posto um fim em sua vida, no entanto o medo jamais o cegou.
A solidão e a estátua – Hugo Sales: Vamos começar
com uma frase que achei babadeiríssima:
“Você não pode excluir as pessoas da sua vida e esperar que ela não lhe virem as costas!”
Admito que
foi o primeiro a me tocar de verdade, mas vamos a história depois minhas
opiniões, a narração é melancólica como o estado de espírito de quem a descreve, porém ele é
um baú de lindos e inteligentes
ensinamentos com tudo na dosagem ideal. Mas voltando a voltar sobre a história
o escritor não utiliza do fantástico para exprimir a perca de Laura. É belo ver
o constaste entre o brilho da alegria da artista de rua e a tristeza de nosso
contador. Não sei se foi proposital, no entanto me imputa uma sensação gostosa
de há uma luz no final do túnel sempre. Se você não achou, faça como aquela
musiquinha da Dory na animação Procurando Nemo: Continue a nadar para achar a
solução.
Almas Gêmeas – Marcelo Aceti: Foi a
primeira aparentemente em poesia; com um título altamente explícito, só posso
dizer que os opostos se complementam.
Unidos. – Maurício Kanno: Voltamos
com força para o mundo fantástico com a
história dos noivos Diana e Lucas, o final da história me lembra bastante um
livro que li para a escola, Lendas Negras de Júlio Emílio Braz e Salmo Dansa.
Sobre todos os acontecimentos e
respostas não dadas, a minha vida se fez – Rafaela Manicka: O
texto apresenta Aberto Neto com sua crise de identidade que vai se aprofundando
e tornando-se reflexivo sobre todos os que possuem nomes de pessoas importantes
para seus familiares e/ou para si mesmo. Confesso jamais ter olhado por esta
perspectiva que foi legal de conhecer e compreender, até me pus no lugar dele.
Que se faça a luz! – Sandro G. Moura: A
distopia possui tantas referencias ao Rei Arthur de Howard Pyle, entretanto
utilizando outro ser icônico da história: Merlin. Que agora se apresenta como
um mago, mais sim o engenheiro-chefe da Casa Real de Camelot. O ponto de
história é sobre uma das suas criações. Admito que esperava mais coisas a serem
contadas.
Incêndio conflagrado – Stephanie Santana: Uma
publicação poeticamente bonita que não sei se li de forma errônea, mas consegui
me confundir enquanto fazia a leitura, talvez fosse essa a ideia, no fim achei
não sei certamente porque que tratava-se de uma fênix enamorado, não posso
dizer que foi um dos contos que mais amei, mas apesar de me sentir perdida as
vezes, eu curti.
Sandro Lobo – Thiago Guilherme: O
texto fala sobre o detetive particular que dá nome ao texto, o mesmo trabalha
em São Paulo. Fiquei uma dúvida se o texto fala de um atormentado caso ou se
Lobo pode ser considerado médium. Reli e cai nas mesmas questões, Por favor
Thiago me dê uma luz!
Sociedade dos escritos mortos – Thiago Lee: Cara!
Desculpa o palavrão, mas que ideia foda! Achei super interessante autores
famosos e clássicos (como Tolstói e Shakespeare) convivendo numa espécie
além-mundo e discutindo seus gostos literários, isso sim é fechar um livro com
chave de ouro.
Sobre os autores:
Oi Tudo bem?
ResponderExcluirSó pra falar a respeito do meu conto, sim ele é um fragmento de história, já publiquei outros dois contos nas coletâneas da Andross sobre o mesmo universo. Um na Engrenagens e outro na Steamfiction.
Abraços
Sandro
[CUIDADO ESSA RESPOSTA PODE CONTER SPOILER]
ExcluirOlá, tudo ótimo e você?
Bem, não tinha noção disso que era um fragmento ou um spin-off de alguma história, então eu achava que no final ele ia sair e fazer algo a mais entende? Mas agora faz sentido pelo conto ser apenas num fragmento.
Oi! Q legal vc comentar cada conto cara! Fiquei bem curioso com esse livro q vc comparou com meu final! Conheço o autor Julio Emílio Brás de um livro q li na época de escola sobre Aids creio, Enquanto houver vida viverei! Será ele msm? :)
ResponderExcluirOi! Tudo bem?
ExcluirE obrigada, achava que falar ao todo não faria jus ao trabalho de vocês. E a diferença é legal, cada tipo de conto pode atingir um público diferente. Já ouvi falar desse livro do Júlio Emílio e sim é o mesmo autor. O que eu citei ele publicou em 2001 e é interessante por o livro tem esse nome por serem histórias originárias da África.
Oi Ingrid, tudo bem?
ResponderExcluirFeliz que tenha tomado uns minutos pra comentar sobre cada conto desse projeto tão especial!
O pequeno conto do Sandro Lobo é na verdade um pedaço de uma história maior, nela sim você conseguiria entender melhor “qual é” a dele. Mas o que posso te falar que ele é um cara bem ordinário... :o)
Ele foi um personagem inventado por um grande mestre dos quadrinhos que tive a honra de conhecer e ter aulas com ele: Dag Lemos, falecido há alguns anos. Procure sobre ele qqer hora no Google.
Um abraço!
Oi, Tudo sim, só atrasada para responder feito o Coelho Branco da Alice kkkkk e você, como está?
ExcluirEu que tenho que agradecer a você é todos os autores do Zinescritos pela oportunidade de ter em mãos uma obra dessas.
Interessante é como um anti herói no caso? Pode deixar vou procurar sim, fiquei curiosa.
Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirMuito obrigada, de verdade, pelo tempo reservado para ler nossa fanzine!
ResponderExcluirFico muito feliz que tenha achado meu conto poeticamente bonito! De coração!
Acredito que não exista "ler de forma errônea", posto que cada experiência é diferenciada e não por menos, sempre há mais de uma interpretação ou opinião sobre as coisas.
O texto foi feito com a proposta de demonstrar um eu-lírico realmente confuso com seus sentimentos. Talvez, por isso tenha sido confuso para você também, enquanto leitora. Espero que se você tiver acesso a outros textos meus algum dia, que você não se sinta confusa ahahaha Pretendo revisá-lo em algum momento para perceber onde posso melhorar, agradeço que tenha abordado isso e fico feliz que, apesar de ter se sentido confusa, você tenha curtido.
Por sinal, desculpa não ter aparecido antes. Toda vez que tento comentar, gera erro e acabo esquecendo de tentar de novo depois, mas cá estou finalmente!
Observação: Sou Stephanie Santana.
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